quinta-feira, 4 de abril de 2013

IMPULSIVO JOGADOR


Quando meramente seguimos nossos impulsos, estabelecemos uma ditadura a nós mesmos e ao nosso próximo. Então o caos se instala, uma verdadeira “briga de foice no escuro” coletiva acontece.

Hodiernamente o mundo está assim. Como ouvi recentemente, “diluímos o amor” até ficar tão ralo que se perde no meio da animalidade. Parte-se do amor ao ódio em segundos porque o verdadeiro amor está dissolvido numa vida de pulsões e volições egoístas. Porque eu amo, então o objeto do meu amor fica meu refém!? Está errado. Numa relação, seja de que natureza for, quando alguém se impõe, a pretexto do seu amor querendo ganhar sempre, faz com que o outro perca sempre, já pensou nisso?

Na verdade, quem pensa e age dessa forma tem a natureza de um jogador impulsivo. Tem seus comportamentos baseados no instinto, logo, é natureza animalesca. O que nos diferencia dos animais, por assim ser, não é ter consciência de si mesmo, “penso logo existo”, não é apenas isso, mas sim, a prática do amor existencial.

Lembremos do samaritano que ajudou um desconhecido que estava sofrendo pelo caminho. Houve amor existencial ali, puro, sem segundas intenções, sem esperar nada em troca. Esse foi um exemplo dito por Jesus que amou toda a existência humana em detrimento da Sua própria vida, fazendo-se fraco para ficar do tamanho dos fracos. Deus é assim.

Portanto, ‘perder’ em amor a favor do próximo é amar ao próximo. Todo o resto é a lei da selva, é querer sugar o outro, ser maior que o outro, tendo assim a natureza de Lúcifer, aquele que pretendeu  ser maior que o próprio Deus, conseguindo apenas ser Satanaz, de anjo (o maior e mais belo de todos) a demônio (o pior e apequenado ser de todos).

Imaginem a equação: se a atitude egoísta do amor novelesco gera o caos da busca dos próprios interesses, (quem pode mais chora menos), então se praticarmos o amor de Deus, amando verdadeiramente ao próximo, devendo uns aos outros somente o amor, este mundo seria uma verdadeira amostra do céu.

Assim sendo, quem aparentemente perde em favor do próximo (desconhecido ou não) sem querer nada por isso senão o bem do outro, ama como Deus ama.