Quando
meramente seguimos nossos impulsos, estabelecemos uma ditadura a nós mesmos e
ao nosso próximo. Então o caos se instala, uma verdadeira “briga de foice no
escuro” coletiva acontece.
Hodiernamente
o mundo está assim. Como ouvi recentemente, “diluímos o amor” até ficar tão
ralo que se perde no meio da animalidade. Parte-se do amor ao ódio em segundos
porque o verdadeiro amor está dissolvido numa vida de pulsões e volições
egoístas. Porque eu amo, então o objeto do meu amor fica meu refém!? Está
errado. Numa relação, seja de que natureza for, quando alguém se impõe, a
pretexto do seu amor querendo ganhar sempre, faz com que o outro perca sempre,
já pensou nisso?
Na verdade, quem pensa e age dessa forma tem a
natureza de um jogador impulsivo. Tem seus comportamentos baseados no instinto,
logo, é natureza animalesca. O que nos diferencia dos animais, por assim ser,
não é ter consciência de si mesmo, “penso logo existo”, não é apenas isso, mas
sim, a prática do amor existencial.
Lembremos
do samaritano que ajudou um desconhecido que estava sofrendo pelo caminho.
Houve amor existencial ali, puro, sem segundas intenções, sem esperar nada em
troca. Esse foi um exemplo dito por Jesus que amou toda a existência humana em
detrimento da Sua própria vida, fazendo-se fraco para ficar do tamanho dos
fracos. Deus é assim.
Portanto,
‘perder’ em amor a favor do próximo é amar ao próximo. Todo o resto é a lei da
selva, é querer sugar o outro, ser maior que o outro, tendo assim a natureza de
Lúcifer, aquele que pretendeu ser maior
que o próprio Deus, conseguindo apenas ser Satanaz, de anjo (o maior e mais
belo de todos) a demônio (o pior e apequenado ser de todos).
Imaginem
a equação: se a atitude egoísta do amor novelesco gera o caos da busca dos
próprios interesses, (quem pode mais chora menos), então se praticarmos o amor
de Deus, amando verdadeiramente ao próximo, devendo uns aos outros somente o
amor, este mundo seria uma verdadeira amostra do céu.
Assim sendo, quem aparentemente perde em favor do próximo (desconhecido ou não) sem querer nada por isso senão o bem do outro, ama como Deus ama.
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