segunda-feira, 4 de junho de 2012

DEUS É LIVRE, SABIA? 31/05/2012


A tentativa humana de capturar Deus acontece desde sempre pelas mais diversas maneiras. Presunçosamente constroem conceitos sobre Deus, encaixotando-O em definições humanas. Dizem o quê e a quem Deus deve abençoar, declaram e ordenam, como se isso fosse possível.

Deus? Inexplicavelmente Deus É, maravilhosamente É, como Espírito Santo que sopra onde quer, em amor gracioso e cuidadoso para com todos os homens, o Deus sem nome, ao qual todo ser humano pode invocar. O Deus que nunca existiu porque nunca foi criado, para quem o tempo flui em todas as direções, o magnífico É eterno. Não existe flexão verbal para Deus, Ele nunca foi, nunca será, Ele É eternamente.


Doutra feita, grupos, religiões, nações, declaram que Deus é deles e está ao seu serviço, e sob a proteção desse deus eles estão contra os demais “pecadores”, como se pecadores todos nós não fossemos - que estupidez, diríamos! - Porém guerras, assassinatos, perseguições, genocídios foram e continuam a ser cometidos sob esse pretexto. Pessoas são psicologicamente escravizadas por ameaças de um deus de trocas e contabilidades, mais perverso, maligno e irascível do que o próprio diabo.


São elaboradas “caixas” para Deus minuciosamente baseadas na letra da bíblia, chamadas doutrinas, profissão de fé, regras da igreja, catequese etc., que na melhor das hipóteses servem para alguém reinar sobre outros, e nas piores hipóteses servem para os tais abusos psicológicos, físicos e financeiros, de cujos pouquíssimos escapam ilesos, e eu o desafio a considerar a possibilidade de assim estar acontecendo com você.


Amigos, Deus é livre! Das pedras Ele pode suscitar filhos a Abraão! Deus pode retribuir o equivalente ao trabalho de um dia inteiro a alguém que chegou na última hora! (Mateus 20:1 a 16) Deus pode se reunir com o ladrão da cruz, que nunca foi batizado, no Paraíso! (Lucas 23:39 a 43).

A Palavra de Deus sempre nos chama à sobriedade. Ela nos orienta para que nos embriaguemos do Espírito de Deus - não para torpor, mas para a lucidez. Deus manda que avaliemos as doutrinas, seja de quem for, na vida e nos frutos que de tais doutrinas resultam, sabendo que Deus é livre, pois é Deus e não há nenhum regimento humano (igreja, pessoas ou nações) que possa retê-Lo, como se de um “gênio da lâmpada” se tratasse para atender aos próprios desejos e objetivos.


Ninguém nem nada que existe pode reter aquele que É, e nenhuma de suas Obras: Seu Agir, Perdoar, Cuidar, Tratar, tudo no seu infinito Amor, fazendo de cada indivíduo a sua igreja, o seu templo.


Por isso meu caro amigo, Deus tem igrejas onde sequer imaginamos, e plantar igreja é plantar a semente do evangelho de Cristo em amor nos corações de cada pessoa. Livre assim!

terça-feira, 24 de abril de 2012

É PRECISO


É preciso não apenas se converter, pois nesse estágio só descobrimos a direção certa, mas aprofundar-se no conhecimento de Cristo;

É preciso andar em Cristo rumo a Deus, e não usar a Cristo como queria fazer Simão o mágico (At 8.9);

É preciso se enraizar na fé, e não comercializar a fé;

É preciso se instruir na verdade do evangelho, e não prostituir o conteúdo do evangelho;

É preciso crescer em ações de graças, e não vender a graça;

É preciso entrar nos diversos segmentos da sociedade para servir e não para ser servido, servir a Deus e as pessoas especialmente as mais pobres, e não fazer uso delas;

É preciso amadurecer, crescer na graça e conhecimento, e ambiguamente, sermos como crianças;

É preciso “andar Nele, Nele radicados e edificados, e confirmados na fé, tal como fomos instruídos, crescendo em ações de graças” (Cl  2.6,7);

É preciso viver na comunidade de fé com humildade e espírito de submissão mútua que revele as marcas de Deus, não as marcas das bestas do mundo;

É preciso viver a fé em Cristo Jesus e a realidade do evangelho com integridade e com a sabedoria e o conhecimento que Deus quer nos dar;

É preciso acabar bem, e não apenas começar;

É preciso acabar bem, sem desistir no meio do caminho;

É preciso dizer como o apóstolo Paulo: “Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé” (2 Tm 4.7) 

UMA NAÇÃO AGRACIADA PARA DAR EXEMPLO


O Salmo 67 é uma música dada ao mestre de canto, e começa com as chamadas bênçãos sacerdotais de Números 6.24-26. Nele o salmista declara e reconhece a graciosidade de Deus para com um povo, cuidando-o e tratando-o como faz um pai. Porém o objetivo do Criador é maior pois o texto evidencia que Deus não ficou adstrito ao povo judeu, antes doou misericórdia a eles para que TODA TERRA, todas as nações, vendo isso, pudessem conhecê-Lo.

Deus não é deus de um povo só, de uma nação somente, ou grupo, pessoa ou igreja (instituição religiosa), ou ainda qualquer outro ajuntamento humano, senão não seria o Deus Eterno, aquele que era, é e sempre será, “porque Dele e por Ele, para Ele são todas as coisas”.

As almas só têm peso diferente no coração humano. No coração de Deus somos todos iguais, “servo ou livre, homem ou mulher”, branco, vermelho ou amarelo, pois a justiça de Deus enseja equidade. Seu amor cuidadoso não se traduz somente por atos de ternura e carinho, mas em todo tratamento que nos mantém sóbrios, bons para o bem e o amor, não bons para cumprirmos ritos, penitências ou mandamentos humanos. “A minha Palavra...- disse Jesus- é espirito e é vida”.

“Louvem-te os povos, ó Deus; louvem-te os povos todos …. alegrem-se e exultem as gentes, pois julga os povos com equidade e guias na terra as nações”.

Jesus, no chamado Sermão Profético, descrito em Mateus capítulo 24 e seguintes, quando trata do grande julgamento (cap. 25.31) nos ensina que “.... todas as nações serão reunidas em Sua presença”. Nessa congregação de dimensão cósmica Ele, e somente Ele, separa os cabritos das ovelhas, dizendo às ovelhas “vinde benditos de meu Pai! Entrai na posse do reino...., porque tive fome e me deste de comer; tive sede e deste de beber; era forasteiro, e me hospedastes; estava nu e me vestistes; enfermo, e me visitastes; preso e fostes ver-me. No texto fica claro que as pessoas a quem o Senhor se refere sequer sabiam disso, ou seja, tudo o que de bom fizeram foi em completo desconhecimento, no decorrer da caminhada de vida, sem considerar suas boas atitudes para com o próximo como moeda de troca (merecimentos) para o Juízo Final, mas sim, no mais genuíno amor, naquele que se faz por zelo sem sequer saber que o Amor reina em si, e porque reina, flui e faz o bem sempre.

Lembre-se que nessa assembleia que o Senhor julgava, ele buscou essas pessoas de todas as nações, com características físicas e culturais diversas, nem sequer se falou em igrejas institucionalizadas, antes pelo contrário. Muitos elementos dessas igrejas estavam do lado esquerdo, na ala dos cabritos, dizendo ainda “Senhor, Senhor”, e Ele respondia que sequer os conhecia.  

sexta-feira, 13 de abril de 2012

FUJAMOS DE TODA IDOLATRIA


Que devemos fugir de todo tipo de idolatria é mais que sabido de todos nós, e nem vou-me enveredar pelo básico disso. O que aqui trago a baila é a idolatria aos códigos, ou seja, o inclinar à letra, àquilo que intelectualmente se traduz em códigos decifráveis em si mesmo.

A “letra mata”, e mata porque não consegue explicar tudo mas somente aquilo que a letra diz. O Senhor disse: “…; as palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida” (Jo. 6.63c). Nessa dimensão é que devemos discernir o que é bom e retê-lo, nessas categorias indecifráveis e transcendentes é que devemos crer que “quem não ama não conhece a Deus”.

Nessa atitude mental é que devemos ler a oração raivosa de Davi desejando mal aos seus inimigos, ao ponto de pedir que Deus apague seus nomes do Livro da Vida (Sl. 69, vs. 20-28), concluindo que jamais o Senhor ouviria tal oração (que fazia parte dum cântico do templo).

Com essa mesma postura é que devemos observar a atitude de Abraão quando leva seu filho para ser sacrificado, mas que mesmo sendo impedido pelo Anjo, o escritor de Hebreus nos revela que tal sacrifício foi concluído.

Nessa atitude transcendente é que vamos compreendendo a postura do Mestre quando escolhe os piores, pequeninos, insignificantes e iletrados para serem os seus principais discípulos, e com o mesmo espírito diz aos cobradores da letra que joguem a primeira pedra à pecadora.

Enquanto estivermos prostrados a um conjunto de códigos impostos sem os discernirmos em amor - em Deus, pois Ele é amor - oraremos fervorosamente como Davi pedindo a morte espiritual de seus inimigos e faremos a separação do joio e do trigo, coisa que não é da nossa alçada. 

domingo, 8 de abril de 2012

TRAPACEIRO DA VIDA



"A sabedoria é o alvo do inteligente, mas os olhos do insensato vagam pelas extremidades da terra." (Provérbios 17:24 ARA)

Nesses dias tenho observado com curiosidade, alguns comentários sobre o conhecido conto do arqueiro infalível, que vale a pena lembrar: Havia um arqueiro que jamais errava a flechada. Toda a aldeia se impressionava com sua habilidade. Quem entrava na floresta onde o arqueiro treinava, ficava pasmado: ele acertava sempre no centro do alvo. Que mira! Às vezes o alvo estava no topo de uma árvore altíssima e lá estava a flecha dele no centro. Outras vezes a árvore tinha  espessura fina e ainda assim ele conseguia acertar na mosca. O que as pessoas não sabiam era que o cara pintava o alvo em volta da flecha fincada. 

Alguns consideram que “A história do arqueiro infalível lembra que todas as teorias e conclusões podem ser adaptadas de acordo com o resultado”, outros aplicam-na dizendo quando não se tem alvo definido qualquer resultado está de bom grado

Não sei vocês mas o meu conceito em relação a este arqueiro é que é um grande trapaceiro enganando a si mesmo e a vida, e nisso não há sabedoria nenhuma. Notem o que o versículo do cabeçalho nos ensina: os olhos do insensato não olham para nada, não têm foco, não miram em alvo nenhum. É princípio básico àquele que quer acertar o alvo, mirá-lo. Penso que qualquer bom discípulo de Jesus O tem como alvo. Portanto, temos que focar Nele, ter Nele todo parâmetro. Vejo com tristeza profunda grupos religiosos criarem rótulos, métodos, moveres, ritos, nações sagradas, igrejas sagradas, bíblias sagradas, produtos religiosos que vêem-se claramente que o alvo nunca é Jesus, mas vantagens pessoais, financeiras, poder político, fama, egoísmo, manipulações e muitas outras. Isto é insensatez, é olhar para o lado, se distrair com as circunstâncias e consequentemente errar o alvo, é lançar mão do arado. Nós estamos esclarecidos a respeito da Palavra de Deus o suficiente para tomar uma decisão acertada: ou focamos o Alvo ou ficamos vagando entre um erro e outro (lembremos que pecar significa errar o alvo).

Neste caminho sem protocolos é fundamental focarmos em Jesus em amor, senão estamos sujeitos a errar o alvo, e, se porventura errarmos o Alvo, não pintemos o resultado a nosso favor, miremos novamente para o aperfeiçoamento em verdade.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

A PALAVRA DE DEUS É A BÍBLIA? - NOVEMBRO 2011

Estavamos eu e minha esposa vendo e-mails quando ela abriu um vídeo enviado repetidamente por amigos e parentes, e começamos então a falar sobre o assunto. Neste vídeo se conclama aos “cristãos” a participarem dum abaixo assinado contra o apresentador Jô Soares, o compositor Tom Zé e outros (http://www.youtube.com/watch?v=B2uKaRjeEf8), porque teriam cometido um ato desrespeitoso em relação a bíblia. Por isso, resolvi escrever algumas linhas e convidar a todos quanto as lerem a pensarem segundo a Palavra de Deus, que está, ou pelo menos deveria estar, ESCRITA nos nossos corações.

À quem ache que a Palavra de Deus está encerrada na bíblia eu digo sem medo de errar: a Palavra de Deus não está aprisionada num livro denominado bíblia. Está muito além disso, e é infinitamente anterior ao mesmo. Está em tudo que existe, visível ou invisível, e antes que tudo existisse ela era. A Palavra de Deus não está no livro, minha gente, está na vida.

Eu não ando “à la muçulmana” (o trocadilho que se pode aferir também é pertinente) e estou bem ciente que a bíblia é comparável ao Corão tal como o foi no vídeo, porém a Palavra de Deus jamais! É incomparável e nunca passará, mesmo que todos os livros (bíblia) fossem queimados. Você já se perguntou por que o Senhor Jesus aplicava a sua Palavra muitas vezes em parábolas (coisas práticas da vida)?

Se eu concordasse com esse levante insano (não sadio) estaria comparando a Palavra de Deus à “santa chutada”, (para quem não se lembra, o "bispo" Von Helder, da IURD que chutou uma imagem da Aparecida em direto) vergando a Palavra, que é o próprio Jesus, pela qual tudo foi criado, existe e subsiste, à equivalência de um punhado de celulose. A Palavra de Deus não volta vazia e também não pode ser fumada, dura ad eternum, não é dissolúvel em fumo porque se fosse assim, em cada tragada do baseado dos caras uma parte do universo acabaria.

O espírito puramente religioso é que faz com que pessoas se levantem em nome de Deus como se Deus precisasse ser defendido por elas. O enganador é que usa as escrituras para sugerir ao Senhor que transforme as pedras do deserto em pão, que pule do pináculo do templo para que os anjos o apanhem; a religião é que recebe o homenageado com mantos e palmas e depois o trocam pelo bandido Barrabás. Não sejamos como Pedro, não saquemos duma espada (até porque nossa luta não é contra carne ou sangue) e firamos o próximo, sejamos como Jesus, A Palavra da vida, viva e eficaz, e curemos a orelha do próximo. Não sejamos tola massa de manobra da religião. Não sejamos do Cristianismo, sejamos de Cristo; não sejamos neo (novo) pentecostais, mas tenhamos o Pentecoste, o Espírito Santo derramado em nossas vidas; não sejamos crianças espirituais para sempre, retardados pelo espírito farisaico, mantidos presos no berçário da religião, mas sejamos como uma criança nos braços da Palavra, Jesus. Não pratiquemos a “neo-procissão”, transviada em marcha, cujo andor leva o ídolo do poder humano político, mas sigamos sim para o Alvo, Cristo, na vida, não no livro. Não deixemos que o Evangelho de Jesus se transforme num livro e se traduza num símbolo místico-religioso na nossa vida, mas seja o próprio a nossa vida.

Quanto aos indivíduos que fumaram as folhas de papel do livro, das escrituras, do símbolo religioso, oremos a Deus para que o Espírito Santo escreva a Palavra dele nos seus corações, ainda que em meio a essa neblina de vida.

Sendo assim lembremos: o clamor de Jesus, da Palavra, é um só: o amor

PSRC.