sexta-feira, 13 de abril de 2012

FUJAMOS DE TODA IDOLATRIA


Que devemos fugir de todo tipo de idolatria é mais que sabido de todos nós, e nem vou-me enveredar pelo básico disso. O que aqui trago a baila é a idolatria aos códigos, ou seja, o inclinar à letra, àquilo que intelectualmente se traduz em códigos decifráveis em si mesmo.

A “letra mata”, e mata porque não consegue explicar tudo mas somente aquilo que a letra diz. O Senhor disse: “…; as palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida” (Jo. 6.63c). Nessa dimensão é que devemos discernir o que é bom e retê-lo, nessas categorias indecifráveis e transcendentes é que devemos crer que “quem não ama não conhece a Deus”.

Nessa atitude mental é que devemos ler a oração raivosa de Davi desejando mal aos seus inimigos, ao ponto de pedir que Deus apague seus nomes do Livro da Vida (Sl. 69, vs. 20-28), concluindo que jamais o Senhor ouviria tal oração (que fazia parte dum cântico do templo).

Com essa mesma postura é que devemos observar a atitude de Abraão quando leva seu filho para ser sacrificado, mas que mesmo sendo impedido pelo Anjo, o escritor de Hebreus nos revela que tal sacrifício foi concluído.

Nessa atitude transcendente é que vamos compreendendo a postura do Mestre quando escolhe os piores, pequeninos, insignificantes e iletrados para serem os seus principais discípulos, e com o mesmo espírito diz aos cobradores da letra que joguem a primeira pedra à pecadora.

Enquanto estivermos prostrados a um conjunto de códigos impostos sem os discernirmos em amor - em Deus, pois Ele é amor - oraremos fervorosamente como Davi pedindo a morte espiritual de seus inimigos e faremos a separação do joio e do trigo, coisa que não é da nossa alçada. 

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