terça-feira, 24 de abril de 2012

É PRECISO


É preciso não apenas se converter, pois nesse estágio só descobrimos a direção certa, mas aprofundar-se no conhecimento de Cristo;

É preciso andar em Cristo rumo a Deus, e não usar a Cristo como queria fazer Simão o mágico (At 8.9);

É preciso se enraizar na fé, e não comercializar a fé;

É preciso se instruir na verdade do evangelho, e não prostituir o conteúdo do evangelho;

É preciso crescer em ações de graças, e não vender a graça;

É preciso entrar nos diversos segmentos da sociedade para servir e não para ser servido, servir a Deus e as pessoas especialmente as mais pobres, e não fazer uso delas;

É preciso amadurecer, crescer na graça e conhecimento, e ambiguamente, sermos como crianças;

É preciso “andar Nele, Nele radicados e edificados, e confirmados na fé, tal como fomos instruídos, crescendo em ações de graças” (Cl  2.6,7);

É preciso viver na comunidade de fé com humildade e espírito de submissão mútua que revele as marcas de Deus, não as marcas das bestas do mundo;

É preciso viver a fé em Cristo Jesus e a realidade do evangelho com integridade e com a sabedoria e o conhecimento que Deus quer nos dar;

É preciso acabar bem, e não apenas começar;

É preciso acabar bem, sem desistir no meio do caminho;

É preciso dizer como o apóstolo Paulo: “Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé” (2 Tm 4.7) 

UMA NAÇÃO AGRACIADA PARA DAR EXEMPLO


O Salmo 67 é uma música dada ao mestre de canto, e começa com as chamadas bênçãos sacerdotais de Números 6.24-26. Nele o salmista declara e reconhece a graciosidade de Deus para com um povo, cuidando-o e tratando-o como faz um pai. Porém o objetivo do Criador é maior pois o texto evidencia que Deus não ficou adstrito ao povo judeu, antes doou misericórdia a eles para que TODA TERRA, todas as nações, vendo isso, pudessem conhecê-Lo.

Deus não é deus de um povo só, de uma nação somente, ou grupo, pessoa ou igreja (instituição religiosa), ou ainda qualquer outro ajuntamento humano, senão não seria o Deus Eterno, aquele que era, é e sempre será, “porque Dele e por Ele, para Ele são todas as coisas”.

As almas só têm peso diferente no coração humano. No coração de Deus somos todos iguais, “servo ou livre, homem ou mulher”, branco, vermelho ou amarelo, pois a justiça de Deus enseja equidade. Seu amor cuidadoso não se traduz somente por atos de ternura e carinho, mas em todo tratamento que nos mantém sóbrios, bons para o bem e o amor, não bons para cumprirmos ritos, penitências ou mandamentos humanos. “A minha Palavra...- disse Jesus- é espirito e é vida”.

“Louvem-te os povos, ó Deus; louvem-te os povos todos …. alegrem-se e exultem as gentes, pois julga os povos com equidade e guias na terra as nações”.

Jesus, no chamado Sermão Profético, descrito em Mateus capítulo 24 e seguintes, quando trata do grande julgamento (cap. 25.31) nos ensina que “.... todas as nações serão reunidas em Sua presença”. Nessa congregação de dimensão cósmica Ele, e somente Ele, separa os cabritos das ovelhas, dizendo às ovelhas “vinde benditos de meu Pai! Entrai na posse do reino...., porque tive fome e me deste de comer; tive sede e deste de beber; era forasteiro, e me hospedastes; estava nu e me vestistes; enfermo, e me visitastes; preso e fostes ver-me. No texto fica claro que as pessoas a quem o Senhor se refere sequer sabiam disso, ou seja, tudo o que de bom fizeram foi em completo desconhecimento, no decorrer da caminhada de vida, sem considerar suas boas atitudes para com o próximo como moeda de troca (merecimentos) para o Juízo Final, mas sim, no mais genuíno amor, naquele que se faz por zelo sem sequer saber que o Amor reina em si, e porque reina, flui e faz o bem sempre.

Lembre-se que nessa assembleia que o Senhor julgava, ele buscou essas pessoas de todas as nações, com características físicas e culturais diversas, nem sequer se falou em igrejas institucionalizadas, antes pelo contrário. Muitos elementos dessas igrejas estavam do lado esquerdo, na ala dos cabritos, dizendo ainda “Senhor, Senhor”, e Ele respondia que sequer os conhecia.  

sexta-feira, 13 de abril de 2012

FUJAMOS DE TODA IDOLATRIA


Que devemos fugir de todo tipo de idolatria é mais que sabido de todos nós, e nem vou-me enveredar pelo básico disso. O que aqui trago a baila é a idolatria aos códigos, ou seja, o inclinar à letra, àquilo que intelectualmente se traduz em códigos decifráveis em si mesmo.

A “letra mata”, e mata porque não consegue explicar tudo mas somente aquilo que a letra diz. O Senhor disse: “…; as palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida” (Jo. 6.63c). Nessa dimensão é que devemos discernir o que é bom e retê-lo, nessas categorias indecifráveis e transcendentes é que devemos crer que “quem não ama não conhece a Deus”.

Nessa atitude mental é que devemos ler a oração raivosa de Davi desejando mal aos seus inimigos, ao ponto de pedir que Deus apague seus nomes do Livro da Vida (Sl. 69, vs. 20-28), concluindo que jamais o Senhor ouviria tal oração (que fazia parte dum cântico do templo).

Com essa mesma postura é que devemos observar a atitude de Abraão quando leva seu filho para ser sacrificado, mas que mesmo sendo impedido pelo Anjo, o escritor de Hebreus nos revela que tal sacrifício foi concluído.

Nessa atitude transcendente é que vamos compreendendo a postura do Mestre quando escolhe os piores, pequeninos, insignificantes e iletrados para serem os seus principais discípulos, e com o mesmo espírito diz aos cobradores da letra que joguem a primeira pedra à pecadora.

Enquanto estivermos prostrados a um conjunto de códigos impostos sem os discernirmos em amor - em Deus, pois Ele é amor - oraremos fervorosamente como Davi pedindo a morte espiritual de seus inimigos e faremos a separação do joio e do trigo, coisa que não é da nossa alçada. 

domingo, 8 de abril de 2012

TRAPACEIRO DA VIDA



"A sabedoria é o alvo do inteligente, mas os olhos do insensato vagam pelas extremidades da terra." (Provérbios 17:24 ARA)

Nesses dias tenho observado com curiosidade, alguns comentários sobre o conhecido conto do arqueiro infalível, que vale a pena lembrar: Havia um arqueiro que jamais errava a flechada. Toda a aldeia se impressionava com sua habilidade. Quem entrava na floresta onde o arqueiro treinava, ficava pasmado: ele acertava sempre no centro do alvo. Que mira! Às vezes o alvo estava no topo de uma árvore altíssima e lá estava a flecha dele no centro. Outras vezes a árvore tinha  espessura fina e ainda assim ele conseguia acertar na mosca. O que as pessoas não sabiam era que o cara pintava o alvo em volta da flecha fincada. 

Alguns consideram que “A história do arqueiro infalível lembra que todas as teorias e conclusões podem ser adaptadas de acordo com o resultado”, outros aplicam-na dizendo quando não se tem alvo definido qualquer resultado está de bom grado

Não sei vocês mas o meu conceito em relação a este arqueiro é que é um grande trapaceiro enganando a si mesmo e a vida, e nisso não há sabedoria nenhuma. Notem o que o versículo do cabeçalho nos ensina: os olhos do insensato não olham para nada, não têm foco, não miram em alvo nenhum. É princípio básico àquele que quer acertar o alvo, mirá-lo. Penso que qualquer bom discípulo de Jesus O tem como alvo. Portanto, temos que focar Nele, ter Nele todo parâmetro. Vejo com tristeza profunda grupos religiosos criarem rótulos, métodos, moveres, ritos, nações sagradas, igrejas sagradas, bíblias sagradas, produtos religiosos que vêem-se claramente que o alvo nunca é Jesus, mas vantagens pessoais, financeiras, poder político, fama, egoísmo, manipulações e muitas outras. Isto é insensatez, é olhar para o lado, se distrair com as circunstâncias e consequentemente errar o alvo, é lançar mão do arado. Nós estamos esclarecidos a respeito da Palavra de Deus o suficiente para tomar uma decisão acertada: ou focamos o Alvo ou ficamos vagando entre um erro e outro (lembremos que pecar significa errar o alvo).

Neste caminho sem protocolos é fundamental focarmos em Jesus em amor, senão estamos sujeitos a errar o alvo, e, se porventura errarmos o Alvo, não pintemos o resultado a nosso favor, miremos novamente para o aperfeiçoamento em verdade.