O
Salmo 67 é uma música dada ao mestre de canto, e começa com as chamadas bênçãos
sacerdotais de Números 6.24-26. Nele o salmista declara e reconhece a
graciosidade de Deus para com um povo, cuidando-o e tratando-o como faz um pai.
Porém o objetivo do Criador é maior pois o texto evidencia que Deus não ficou
adstrito ao povo judeu, antes doou misericórdia a eles para que TODA TERRA,
todas as nações, vendo isso, pudessem conhecê-Lo.
Deus
não é deus de um povo só, de uma nação somente, ou grupo, pessoa ou igreja
(instituição religiosa), ou ainda qualquer outro ajuntamento humano, senão não
seria o Deus Eterno, aquele que era, é e sempre será, “porque Dele e por Ele,
para Ele são todas as coisas”.
As
almas só têm peso diferente no coração humano. No coração de Deus somos todos
iguais, “servo ou livre, homem ou mulher”, branco, vermelho ou amarelo, pois a
justiça de Deus enseja equidade. Seu amor cuidadoso não se traduz somente por
atos de ternura e carinho, mas em todo tratamento que nos mantém sóbrios, bons
para o bem e o amor, não bons para cumprirmos ritos, penitências ou mandamentos
humanos. “A minha Palavra...- disse Jesus- é espirito e é vida”.
“Louvem-te
os povos, ó Deus; louvem-te os povos todos …. alegrem-se e exultem as gentes,
pois julga os povos com equidade e guias na terra as nações”.
Jesus,
no chamado Sermão Profético, descrito em Mateus capítulo 24 e seguintes, quando
trata do grande julgamento (cap. 25.31) nos ensina que “.... todas as nações
serão reunidas em Sua presença”. Nessa congregação de dimensão cósmica Ele, e
somente Ele, separa os cabritos das ovelhas, dizendo às ovelhas “vinde benditos
de meu Pai! Entrai na posse do reino...., porque tive fome e me deste de comer;
tive sede e deste de beber; era forasteiro, e me hospedastes; estava nu e me
vestistes; enfermo, e me visitastes; preso e fostes ver-me. No texto fica claro
que as pessoas a quem o Senhor se refere sequer sabiam disso, ou seja, tudo o
que de bom fizeram foi em completo desconhecimento, no decorrer da caminhada de
vida, sem considerar suas boas atitudes para com o próximo como moeda de troca
(merecimentos) para o Juízo Final, mas sim, no mais genuíno amor, naquele que
se faz por zelo sem sequer saber que o Amor reina em si, e porque reina, flui e
faz o bem sempre.
Lembre-se
que nessa assembleia que o Senhor julgava, ele buscou essas pessoas de todas as
nações, com características físicas e culturais diversas, nem sequer se falou
em igrejas institucionalizadas, antes pelo contrário. Muitos elementos dessas
igrejas estavam do lado esquerdo, na ala dos cabritos, dizendo ainda “Senhor,
Senhor”, e Ele respondia que sequer os conhecia.
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